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A ciência é a melhor maneira de guiar seu treino e sua alimentação

Você disse fitness? Eu já sei tudo que tenho que saber… Leio fóruns, vejo vídeos, leio artigos e os resultados falam por si só não é parceiro? E assim o efeito Dunning Kruger faz mais uma vítima…

Eu fui pego nessa armadilha. Na falta de confiança no meu conhecimento, apelei para ouvir o cara com o maior bíceps na academia. A palestra começou ai: Então você tá querendo crescer é? Tem que comer de 2 em 2 horas, treinar seis vezes por semana e gastar mares de dinheiro em suplementos.

Para mim eram verdades, absolutas, como contestá-lo? “Olha o tamanho do cara… Ele deve saber o que está falando… Funcionou para ele? Então vai funcionar para mim…”

Após a consulta com o grande oráculo do ferro, mudei tudo que fazia. Comecei a treinar com altas cargas sem enfatizar nenhuma técnica e comecei a comer tudo que via pela frente. 3g/kg de proteína, um bolo aqui, um lanche ali, tudo é energia para os músculos!

Funcionou? Bom, se o objetivo era virar uma caixa d’agua, eu atingi meus objetivos.

É claro que o processo não foi um desperdício total, aprendi muito, progredi, mas ganhei muito mais gordura do que músculos e um dos meus maiores resultados veio em forma de uma bela dor na coluna por tentar levantar muito mais peso do que eu era capaz.

Hoje, meu treino e alimentação não vem da experiência de outras pessoas, mas de evidências na ciência. Cada pessoa possuí necessidades e contextos diferentes. Ouvir a experiência pessoal de alguém e aceitar como verdade absoluta é, no mínimo, ingenuidade.

Hoje, tento raciocinar por princípios e evidências científicas. Estou a todo tempo aberto a críticas e conselhos, mas sempre atento sobre quais são as fontes.

O pensamento crítico e a ciência me ensinaram que não existem pretos e brancos, mas escalas de cinza. Ferramentas que podem ou não ser úteis de acordo com o contexto e o objetivo do indivíduo. 

Muitas estradas levam até Roma.

Por que é melhor ouvir a ciência?

1.A ciência é imparcial

Tamanho de biceps não é lá um grande argumento.

Pergunte para qualquer torcedor, seu time sempre é o melhor que existe.

Por outro lado, a ciência mostra todos os caminhos, não quais são piores ou melhores. Ela te mostra o que pode funcionar e, você, qual a melhor maneira de colocar em ação.

2.A ciência está em constante evolução

É raro ouvirmos alguém mudar de opinião ou confessar erros. Tanto que, quando alguém o faz, é visto com admiração e reconhecido por sua coragem.

A ciência, em contraste, está em constante busca de falsificar suas hipóteses. No embate severo entre as suposições mais fortes, a ciência consegue diferenciar as que importam das que só são detalhes.

Um exemplo interessante seria o debate se intervalos curtos ou longos deveriam ser utilizados para garantir máximo ganho muscular.

Intervalos curtos, antigamente, eram utilizados com a justificativa do pico de produção de GH que causavam. Porém, após diversas pesquisas, descobriu-se que a alta liberação de GH era causada pelo acúmulo de ácido láctico no sangue e não necessariamente levavam a maiores taxas de ganho muscular. 

De fato, uma análise recente concluiu que o pico agudo de produção hormonal pós exercício não está diretamente relacionada ao crescimento muscular.

Atualmente, sabemos que a variável mais importante para hipertrofia é o volume de treino e, garantir um tempo de descanso suficiente a fim de sustentar a carga e as repetições no seu exercício, é a melhor estratégia.

A ciência está em constante evolução.

Diferente do mané da academia que acha que já sabe tudo que precisa saber, aqueles que tem a ciência como guia, possuem a humildade intelectual de reconhecer o quão pouco ainda se sabe e aplicar aquilo que já é provável a fim de se obter o mais rápido progresso.

3.A Ciência é Replicável

Eu sei que sua mãe diz que você é único e especial, mas você tem mais em comum com seus companheiros humanos que pensa.

Por sermos todos constituídos de uma fisiologia semelhante, a ciência se torna replicável e, após testada em uma ampla quantidade de indivíduos e obter resultados semelhantes, maior é a probabilidade de também funcionar para você.

Sem a ciência, o que resta?

1.Gurus do ferros

Quem é capaz de discutir com quem tem o braço maior que o seu. Ninguém, óbvio. Para os gurus dos ferros, se eles não estão usando, provavelmente não serve para nada.

Interessante pontuar que, no cenário científico, as opiniões pessoais são a forma mais rasa de evidência empírica. Elas são conhecidas como evidências anedóticas – evidências que derivam de experiências e histórias pessoais para para ilustrar um argumento. 

A experiência pessoal de alguém desinformado diz muito pouco sobre a eficácia de uma intervenção de treino ou dieta. Muitos fatores podem gerar resultados na academia, genética e agulhadas são alguns exemplos. Fique ciente de que nem sempre o maior cérebro está em quem tem o maior bíceps.

Você ainda pode ouvir os gurus para conteúdo humorístico, mas, para juntar evidências, afim de elaborar um plano, diria que eles não são as melhores fontes.

2.Opiniões de Experts

Experts, diferente de marombas, possuem uma vasta experiência pessoal sobre o que funciona e o que não funciona  pelo tempo que passaram nas trincheiras. 

Quando não há uma pesquisa científica sobre algum assunto, a melhor forma é recorrer a opinião dessas autoridades. Mas, antes, devemos escolher bem quem ouvir e entender a sua lógica por trás de suas afirmações.

Sempre esteja atento para diferenciar experts de gurus. 

Enquanto experts utilizam práticas científicas, são cautelosos nas suas recomendações, raciocinam apelando para lógica de suas afirmações, os gurus fazem tudo ao contrário. Tentam lhe vender suplementos como pó mágico, dão recomendações extremistas sem qualquer base científica e apelam para autoridade quando são contestados.

Eu diria que gurus são marombas com chapéus de treinador.
Fuja deles.

3.Tentativa e Erro

Existem milhões de formas diferentes de organizar o seu treino e a sua alimentação. Cada um com seus pontos fortes e fracos. Uns se ajustando melhor a certos contextos e outros se ajustando a diferentes necessidades individuais.

Uma das maneiras possíveis para se iniciar a jornada é testar tudo e, analisando sua taxa de progresso e consistência, ver quais foram as estratégias que lhe trouxeram os melhores resultados. 

O lado negativo dessa estratégia seria o tempo gasto em frustrações que podem gerar perda de motivação e desistência.

Eu diria que a ciência não exclui a tentativa e erro, ela o otimiza. 

Com o conjunto de tentativas e erros aliado ao conhecimento científico, você consegue tecer ideias que se alinhem com os princípios que guiam os resultados do treino e da alimentação e traçar seus próprio plano.

Se for usar tentativa e erro, que seja com um pouco de tempero científico para criar o prato perfeito.

Conclusão

Por mais que esse artigo esteja recheado de viés pessoal, tenho certeza que se você começar a pensar criticamente, escolher suas fontes de pesquisa e permitir que a ciência seja seu guia, sua vida irá se transformar. 

A minha se transformou.

A ciência me ajudou a ganhar de volta minha liberdade, me dando flexibilidade e paz de espírito para adaptar o meu treino e dieta para as oscilações da vida e, ainda assim, conseguir os melhores resultados que são possíveis sendo natural.

A ciência me ensinou que:

  • Não preciso comer de 2 em 2 horas
  • Não existem bons e maus alimentos
  • Carboidratos de noite não engordam
  • Refrigerantes zero não engordam
  • Suplementos são responsáveis por 1% dos resultados
  • Não é preciso treinar 6 vezes por semana
  • Não é preciso cortar carboidratos para perder peso
  • Adoçantes não vão me causar câncer
  • Altas e baixas repetições podem ser usadas para gerar hipertrofia

E isso é apenas o começo.

Rodapé

Ótimas fontes que inspiraram esse artigo:

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Sobre o autor:

Matheus Ferreira é escritor, treinador & o criador do Inteligência Muscular.

Ele acredita na construção de um corpo forte, definido e saudável sem agulhas.

E pensa que você vai achar que ele é importante por fingir que alguém está escrevendo essa bio.

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